quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Eleição de Obama - O dia seguinte

Foi com grande expectativa que esperei pelo resultado das eleições. Apesar das pesquisas mostrarem a vitória esmagadora de Obama, eu, como um bom economista conservador, acreditei na racionalidade do mercado.
“Malditos liberais...”
Convenientemente tinha ao meu lado amigos texanos e georgianos que, comigo, se desesperavam.

No dia seguinte, acordei de cara fechada e fui para as minhas aulas. Nada de anormal no primeiro tempo de cálculo: todos de cabeça baixa e sonolentos. Mas foi no caminho para a minha aula de economia que percebi um fato estranho: eu era o único que não estava sorrindo.

Senti no ar algo que há tempos não sentia. O espírito americano estava de volta! Percebia que, junto comigo, todos conseguiam novamente inspiravam o ar da liberdade. Os sorrisos e pulos de alegria, movidos pela “hope”, esbarravam comigo pelo caminho. A América havia voltado.

E, foi ao olhar para um cartaz que dizia “Yes we can” que, inesperadamente, deixei escapar o meu primeiro sorriso do dia.
Não sou americano e amo o Brasil, mas o que senti nesse dia era contagiante. Senti como se estivesse no mesmo barco daqueles que viviam na “land of the frees and the home of the braves”. Porque, se tem algo que a eleição de Obama representa mais, é união. Bracos, yankees ou red necks, negros, asiáticos, judeus, mulçumanos, latinos e estrangeiros celebraram a eleição do primeiro presidente negro dos Estados Unidos da América.

Vou esquecer as minhas teorias econômicas e ideais conservadores. Vou sorrir junto com aqueles que haviam esquecido os valores dessa terra e hoje os lembraram. Os valores que sustentaram essa grande nação por anos e que vocês, brasileiros, terão a chance de desfrutar a partir de 2052, pois estou disposta a importá-los.

Parabéns EUA!

Continuem brilhando!


Daniel Frank Benzecry